SOBRE CUITÉ DE MAMANGUAPE
A cidade de Cuité de Mamanguape teve sua origem a partir da criação de três fazendas denominadas de “Faço Sempre”, pertencente a uma senhora chamada de “Chica Gorda”, a dona do engenho que deu início ao povoado denominado de “Cuité de Chica Gorda”, por volta dos anos 1773 a 1833. Juntamente com ela surgiram as outras duas fazendas onde construíram-se mais dois engenhos: o segundo de propriedade de Manoel Marcelo e o terceiro de Elias Pereira e Capitão José Jerônimo, proprietários respectivamente dos engenhos de nome “Vai Se Puder” e “Vai ou Quebra”, ambos movidos à cavalo. Cuité tem em suas principais famílias fundadoras, os Corrêa, Bêco e Gerônimos. A família Corrêa era descendente de fugitivos de Fernando de Noronha, a qual teve acesso através do porto de Mamanguape. As atividades existentes da época eram basicamente a cana-de- açúcar, o milho, a mandioca e o feijão. O “Capitão” José Gerônimo predominou na época de 1868 a 1903. Manoel Marcelo, de 1853 a 1868. Elias Pereira, de 1833 a 1853. E Chica Gorda, de 1773 a 18833. O primeiro automóvel visto em Cuité, foi em 1926, de propriedade do senhor Severino Helai, em visita a família Bêco. O segundo automóvel a visitar Cuité, era de propriedade de Franco Correia, em 1928.
O primeiro caminhão a circular no povoado de Cuité, era de propriedade de João Claudino, no ano de 1933, na estrada que liga Sapé a Cuité. Antes deste evento os produtos agrícolas eram transportados à carro-de- boi e à cavalo. O desenvolvimento de Cuité teve início a partir de 1948, com a criação de uma feria livre, durante a gestão do prefeito José Fernandes de Lima, no ano de 1946. Entre 1946 e 1952, houve a construção da estrada que liga Cuité a Mamanguape, de um grupo escolar, do mercado público e do açougue na Vila de Cuité, além de um cemitério. De 1952 a 1956, o prefeito Eduardo Ferreira de Alencar construiu apenas um Posto Fiscal. De 1956 a 1960, o prefeito Francisco Gerbasi, nada construiu. De 1960 a 1964, o prefeito Manoel Fernandes construiu um prédio e nele instalou energia elétrica a motor para iluminar a Vila.
De 1964 a 1968, o prefeito Coronel Castor do Rego, construiu uma escola no Sítio Lagoa do Félix, outra no Sítio Arroz e outra em Cuité, com o nome de Grupo Escolar Pedro Sena. De 1968 a 1972, o prefeito Manoel Fernandes construiu um Posto de Saúde. De 1972 a 1976, o prefeito Manoel Castro, construiu dois grupos escolares, sendo um no Ribeiro e outro no Sítio Pedro. De 1976 a 1982, o prefeito Miguel Tomás Soares, construiu a estrada da Capuaba, Umari e Lagoa do Félix; eletrificou a vila de Cuité; construiu o grupo dos Cardosos e Capuaba.
De 1982 a 1988, o prefeito Gustavo Fernandes, construiu três grupos escolares, um em Cuité, outra na Lagoa do Félix e outro em Inhauá. Eletrificou o Sítio Arroz, o Sítio Pedro e Lagoa do Félix. Instalou água e telefone na vila de Cuité. Criou uma feira livre na vila de Cuité. Construiu uma quadra esportiva e construiu 74 bueiros no distrito.
Cuité de Mamanguape – ex-distrito de Mamanguape, teve sua emancipação política em 05 de Maio de 1994, tornou-se independente do por força da Lei nº 5.890, de 29 de abril de 1994, tendo eleito como primeiro prefeito, Nemézio Augusto de Meireles “Biba”, para o período de 1994 a 2000. Nemézio Augusto de Meireles foi reeleito para o mandato de 2001 a 2004. João Dantas de Lima foi o segundo Cuiteense a assumir a prefeitura para exercer o mandato de 2005 a 2008. De 2009 a 2012, é eleita a filha de Nemézio Augusto de Meireles, Isaurina Santos Meireles de Brito, sendo reeleita para o quadriênio de 2013 a 2016.
Geograficamente, o município de Cuité de Mamanguape, situa-se na microrregião do litoral norte, distante 72km de João Pessoa, capital da Paraíba. Clima temperado, a hidrografia é formada pela Bacia Mamanguape, Rio Cuité, Ribeiro, Guariba e Rio dos Marcos. Limita-se ao norte com o município de Itapororoca; ao sul, com o município de Sape; a leste, com o município de Capim; e a oeste com o município de Araçagi; e ao sul com o município de Marí.
HINO
Salve Berço de herói tão luzente
Teu nascer foi com luz e esplendor
Emigrantes lançaram harmonia
Neste solo de paz e amor.
Estribilho:
Ó Cuité de Mamanguape, produz
Novas fontes que brilham sobre o azul
O teu verde, esperança, teu povo
O teu braço é a paz que conduz (bis)
Tua história cresceu no saber,
Foi herdada por herói sem temer
Com a força bradou o trabalho
Neste puro torrão, sem o brado.
As estrelas com brilhos e fulgor.
Mãos de obras no campo e lavrar,
Este homem de alma tão pura,
Esta terra tão fértil a arraigar
Ó Cuité de Mamanguape desperta,
O teu povo para um outro nascer;
As culturas, e o saber dessa gente,
Produzindo, novo viver.
Parabéns a você que retrata,
Com a luta coragem a vencer
Esta fibra de um vulto histórico
Que não cessa o esforço no crescer.